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Você é do pavio muito curto? Cuidado: pode ser Transtorno Explosivo Intermitente

Muita gente enfrenta sérios problemas porque explode com facilidade, sem saber que é possível mudar isso.   Quando essas explosões são frequentes e causam dificuldades no relacionamento com amigos, parentes e no trabalho, elas recebem um nome – Transtorno Explosivo Intermitente (CID.10 é F63.8)- e merecem tratamento.
Entenda melhor o Transtorno Explosivo Intermitente lendo a matéria abaixo, extraída do Portal O Que Eu Tenho.

1. O que é o Transtorno Explosivo Intermitente?
O Transtorno Explosivo Intermitente – TEI  geralmente é identificado naquelas pessoas que são chamadas, popularmente, de “pavio curto”. São pessoas que não conseguem conter seus impulsos agressivos. É importante salientar que a agressividade não é premeditada. 
Costumam ter comportamentos agressivos – ataques de fúria e de agressividade, tais como, ameaçar, berrar, xingar, fazer gestos obscenos, avançar sinais de trânsito, até formas mais violentas de explosão, como atirar objetos contra parede e/ou nas pessoas, envolver-se em ataques físicos contra familiares, brigas no trabalho, nos bares, destruindo veículos no trânsito, etc. Geralmente têm dificuldade em avaliar as conseqüências de seus atos para si e para os outros e frequentemente sentem-se responsáveis por seus atos, demonstrando arrependimento, vergonha, culpa e tristeza.

2. Por quais razões o Transtorno Explosivo Intermitente se desenvolve?

Não existe uma causa única para o desenvolvimento do TEI -Transtorno Explosivo Intermitente. Existem fatores biológicos (disfunção na transmissão da serotonina), sociais, ambientais e psicológicos. É freqüente encontrarmos membros das famílias dos portadores de TEI, também com o transtorno. Muitas vezes vem de famílias instáveis, nas quais estão presentes: a dependência do álcool e/ou drogas, explosões verbais e abusos físicos e emocionais. 
O portador do transtorno explosivo intermitente geralmente manifesta baixa tolerância à frustração, desenvolvendo uma incapacidade de gerenciar a raiva e a hostilidade, tornando-se instável afetivamente. Adota, por isso, comportamentos de risco, com manifestações de violência.

3. Como sei identificar se alguém está com esse problema?

O diagnóstico de TEI somente deve ser feito após uma avaliação médica e psicológica. Se você ou alguém que você conhece apresenta os sintomas abaixo, procure um destes profissionais.
• A freqüência na perda de controle sobre a agressividade no último ano deve ser o superior a 2 por semana;
• Os ataques de agressividade são desproporcionais ao fato que o gerou;
• Os ataques explosivos não são premeditados
• Após as explosões aparecem sentimentos de vergonha, culpa, arrependimentos, tristeza, choro etc.
• A família possui outros membros com o mesmo comportamento (normalmente existem outros membros com o mesmo comportamento);
• Os episódios de agressividade incluem ataques físicos e destruição de objetos e/ou propriedades;
• Os ataques de agressividade são repentinos (esse é o comportamento habitual nos portadores de TEI);
• O comportamento agressivo é acompanhado por sensações físicas de fadiga, forte tensão, formigamento, tremores, palpitações, aperto no peito, tensão nas costas, pressão na cabeça, pensamentos raivosos que os levam a fortes impulsos de agir agressivamente. Os portadores de TEI revelam: ”necessidade de atacar”, “necessidade de ferir”, “pico de adrenalina”, “sangue nos olhos”, ou “vontade de matar alguém” e alívio da tensão após o ato agressivo.

4. O Transtorno Explosivo Intermitente tem tratamento?

Sim. Em virtude dos problemas causados à própria vida dos portadores e dos que com eles convivem, é necessário o tratamento médico e psicológico, como uma forma de reduzir a intensidade e freqüência dos episódios violentos e proporcionar vida de melhor qualidade a esses indivíduos.
O tratamento médico geralmente inclui o uso de anti-depressivos. Quanto ao tratamento psicológico, as terapias nos modelos comportamentais e cognitivo-comportamentais são as que demonstram maior eficácia.
5. Onde buscar ajuda?


Se você possui os sinais descritos acima, é importante buscar ajuda profissional. Procure um Psicólogo de sua confiança para realizar o tratamento adequado. 
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