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Depressão: diagnóstico e tratamento recomendado

De acordo com um estudo publicado pela revista BMC Medicine (2011), a Depressão atualmente atinge cerca de 121 milhões de pessoas no planeta. Para se ter uma idéia, este número é quatro vezes maior que o de portadores de HIV/Aids [link]. Entre os países em desenvolvimento o Brasil apresenta a maior prevalência da doença [link], com um total aproximado de 10 milhões de depressivos que, em sua maioria, não recebem o tratamento adequado [link]. Infelizmente ainda há quem a considere “frescura”, uma bobagem passageira, mas a verdade é que 60% das pessoas que cometem suicídio possuem depressão [link] – índice maior do que o de todas as outras doenças psiquiátricas somadas. 
O diagnóstico do transtorno é feito através da identificação dos sintomas descritos nos manuais CID 10 (Código Internacional das Doenças, da Organização Mundial da Saúde) e DSM IV (Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria. Ambos apontam como principais sintomas da depressão: 
* Humor negativo ou rebaixado;
* Redução da Energia, disposição e Atividade; 
* Redução na capacidade de experimentar prazer, perda de interesse por atividades cotidianas e diminuição da capacidade de concentração associadas a fadiga intensa, mesmo após esforço mínimo; 
* Problemas com sono e redução do apetite; 
* Diminuição na autoestima e na autoconfiança, com ideias de culpa e desmerecimento de coisas boas; 
* Lentidão psicomotora relevante 
* Perda de Libido/ desejo sexual 
* Perda de memória 
Se dois ou mais destes sintomas estiverem presentes por 15 dias ou mais, acompanhados de pensamentos autodepreciativos e pouca ou nenhuma variação no humor em razão das circunstâncias, o diagnóstico de depressão é bastante provável. A ocorrência de quatro ou mais deles, acompanhados ou não de ideação suicida e somatização, indica depressão grave. Nestes casos o risco de autoexterminio é alto e a pessoa deve ser imediatamente encaminhada a ajuda especializada. Se houver histórico de tentativas de suicídio na família ou no comportamento da própria pessoa a situação é ainda mais alarmante: a maioria dos suicidas já cometeu outras tentativas ou possui familiares que o fizeram [link].
Ainda não há consenso na Psiquiatria e na Psicologia sobre as causas da depressão, mas os pesquisadores concordam que o tratamento deve ser realizado em conjunto e que as modalidades de terapia mais efetivas são a Terapia Comportamental e a Terapia Cognitivo-Comportamental. Ambas possuem altos índices de sucesso, em especial, quando combinadas com tratamento medicamentoso. Nos casos moderados e graves a Terapia Comportamental, isolada ou combinada com psicofármacos, tem obtido os menores índices de recaída. O artigo Terapia Comportamental da depressão: uma alternativa promissora  apresenta um apanhado de estudos no nível do “padrão ouro” da medicina apontando os excelentes resultados obtidos com a Terapia Comportamental. Vale a pena ler. 
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